Casamentos: Botucatú e Porto Alegre

Num intervalo de duas semanas fui a dois casamentos, ambos de primos meus e nenhum em minha cidade.

O primeiro aconteceu em Botucatú no dia 02 de abril desse ano. Toda minha família se hospedou no mesmo hotel, onde ocorreria a festa (inovação maravilhosa). Chegamos na sexta, de véspera, então deu para fazer tudo com calma. A cerimônia foi realizada na Catedral da cidade, às 17:30 do sábado. Diferente de onde eu moro, os padrinhos todos ficaram em pé em volta do altar durante todo o casamento, deixando as primeiras fileiras dos bancos livres para os familiares poderem apreciar mais de perto. E também, como apreciamos as músicas, ou melhor, os músicos: irmãs e amigos do noivo. E com que perfeição tocaram a tradicional Marcha Nupcial!

A festa, além do local, contou com outras novidades, da comida às músicas. Não houve jantar, mas sim aperitivos para todos os gostos: de um lado, canapés e mesa de frios, do outro, salgadinhos populares, como coxinha e empada. Não teve brexa para reclamação. Como o noivo é descendente de holandês, teve até dança típica: especialistas auxiliando leigos, com direito até a tamanco de madeira! 

E quem disse que a farra acabou por aí? Na manhã seguinte, todos se reuniram no café da manhã do hotel, inclusive os noivos, que só sairiam em lua de mel à tarde, podendo aproveitar um pouco mais a companhia da família e dos amigos. 

O segundo casamento foi em Porto Alegre, neste final de semana. Desta vez, chegamos na cidade no dia da cerimônia, então nem deu para descansar, foi chegar e começar a arrumação: faz cabelo aqui, maquiagem alí, ajuda outro de lá. Mas conseguimos chegar na Igreja à tempo. Nessa cerimônia, os padrinhos também ficaram ao redor do altas, mas o diferencial foi que cada um dos noivos só tinha direito a dois pares de padrinhos. Só não sei se é tradição da cidade ou normas da Igreja em questão.

A festa, em estilo tradicional, aconteceu num clube muito bonito. E a decoração estava impecável, tão elaborada que o guardanapo de tecido combinava com a toalha das mesas. E cada convidado tinha um lugar específico para se sentar, lugar marcado, o que evitou aquele tumultozinho básico que sempre ocorre antes de cada um "pegar emprestado" uma cadeira de outra mesa e se acomodar.

O buffet estava simplesmente uma delícia, com comidas muito sofisticadas. Houveram entradas de canapés e depois, servido individualmente e nas mesas, um bobó de sirí gratinado. Não sou chegada em frutos do mar, mas estava muito gostoso. Após a apresentação dos noivos, com vídeos e depoimentos, estes foram passando de mesa em mesa para o cumprimento e as fotos e só então o convidado ia se servir do jantar . Não houve filas e nem aborrecientos, muito prático. 

O cardápio foi composto por filé mignon ao molho e filé de peixe empanado com nozes, com guarnição de arroz com açafrão e lascas de amêndoas, trouxinha de espinafre e salmão, batata baroa rostin (prato tradicional do sul do país) e um mix de abobrinha e beringela. De sobremesa, também servido individualmente, teve sorvete de pistache com calda de chocolate, mini torta de morango e creme de leite e mini torta de limão. E ainda tinham os bombons, de um design encantador, imitando a alta confeitaria e, claro, mini cupcakes decorados com corações. Um espetáculo.

Ambos os casamentos, tanto a cerimônia quanto a festa, merecem nota máxima em qualquer escala e em qualquer categoria. Tudo muito lindo, caprichado e com a cara dos noivos. Tenho muita sorte em fazer parte de uma família tão divertida e com tanto bom gosto.