quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A lista de convidados


Pensei muito a respeito do título deste post e por pouco não coloquei “O terror da lista de convidados”. Mas fiquei com medo de acabar espantando leitoras, pois estou aqui para, além de partilhar minhas experiências, também dar dicas preciosas que aprendi.

Primeiramente, vamos explicar o porquê da palavra “terror”. Só quem entende de verdade é quem já passou por isso. Eu, ingenuamente, pensava que era só colocar os nomes dos conhecidos num papel e pronto (aqui deixo a dica: abuse do Excel; não faça como eu que fiz num caderno e depois tive que digitalizar tudo para não ter que escrever e reescrever). Mas é beeeeem mais complexo que isso.

Para começar, o número de convidados define o quanto você vai gastar, de forma diretamente proporcional, ou seja, quanto mais convidados, mais pobre você vai ficar. Quando fiz o primeiro rascunho da lista, coloquei todos que conhecia, mas já estava beirando os trezentos convidados, o que era inviável para meu orçamento e dessa forma não teríamos condição de fazer festa.

“A gente dá um jeito”, disse-me até então meu super mega otimista noivo. Mas quando fomos informar aos nossos pais da nossa lista e quem estávamos convidando da família, foi surgindo mais um moooooonte de nomes. De gente que nem conheciamos. Fui atrás de conselhos na internet e encontrei algo muito relevante.

Fernanda Floret, uma blogueira que está sendo anjo na minha vida, nos ensina a fazer as seguintes perguntas:

1.    Eu costumo frequentar a casa dessa pessoa ou ela frequenta a minha?
2.    Eu tenho o telefone dessa pessoa na minha agenda e sei que posso ligar sempre que precisar?
3.    Essa pessoa me ligou no meu último aniversário para desejar felicidades? (mensagem via orkut e facebook não conta!!)

Se a resposta for negativa, pode descartar a pessoa. Ela diz também que as mesmas perguntinha devem ser ensinadas aos pais na hora de eles opinarem.

Em outros sites li também que antigamente se tinha muito aquela ideia de que casamento é para os amigos e conhecidos dos pais, para que eles pudessem mostrar que esta etapa estava cumprida. Hoje, como muitos noivos pagam todas as contas sozinhos, isso está mudando. Só meu pai que não sabe disso!

Cheguei ao ponto de pensar em guilhotinar amigos para poder colocar os parentes dele que eu nem conheço. Pois, apesar de todos os meus argumentos, ele não cedeu. Ficou super ofendido.

E pode ser o pai ou mãe de qualquer um que esteja se dirigindo ao altar. Então, eis um conselho que um cerimonialista me disse uma vez, num outro contesto, mas que também se encaixa aqui: “o que fica depois da festa de casamento é a família, o dia a dia; às vezes vale a pena abrir mãos de algumas coisas em prol do bom convívio”. Noivas, não digo que devem ser totalmente passivas, aceitar tudo o que lhes pedem, mas às vezes realmente podemos fazer algumas concessões.

Bom, meu noivo não deixou que eu cortasse nenhum amigo da lista. Na verdade, ele lidou muito bem com meu surto na ocasião. Acreditem, essa história de lista deu o que falar. Sentamos, orçamos, conversamos... No final, decidimos por não fazer a festa, pois o orçamento estava mesmo curto. Foi um alívio tirar esse peso das costas. Mas ao mesmo tempo, não ia curtir meu momento noiva um pouco mais. Foi aí que minha linda sogrinha nos ofereceu a festa por conta e risco dela, e problema resolvido.

Mas, se você não tem uma sogra como a minha, e se a lista tá muito grande, converse com calma com seus pais e sogros, esclareça a situação financeira, faça as perguntinhas acima juntos. Agora, se eles estão contribuindo financeiramente, aí o melhor é fazer um agrado e chamar quem eles querem.

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